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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

JORNAL DO COMERCIO

Marcopolo incorpora Neobus por R$ 54,6 milhões

NEOBUS/DIVULGAÇÃO/JC
Empresa possui fábricas de ônibus em Caxias do Sul e em Três Rios (RJ)
Empresa possui fábricas de ônibus em Caxias do Sul e em Três Rios (RJ)
Roberto Hunoff, de Caxias do Sul
O Conselho de Administração da Marcopolo aprovou a assinatura de carta de intenções, não vinculante, para estabelecer as bases e os princípios para uma potencial incorporação da L&M, controladora direta da San Marino Ônibus Ltda. (Neobus). Após a assinatura dos documentos definitivos e o fechamento da operação, as cotas da L&M serão transferidas para a Marcopolo. A alteração depende de manifestação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), entre outras medidas. A Neobus tem unidades fabris de ônibus em Caxias do Sul e Três Rios (RJ).
Atualmente, a Marcopolo detém 45% no capital votante e total da Neobus. Pelo acordo, os 55% detidos pela L&M passariam ao controle da Marcopolo. A L&M, por sua vez, será extinta, cabendo à Marcopolo todos os seus direitos e obrigações. Em virtude da incorporação, os quotistas da L&M, em substituição às suas quotas que serão extintas, receberão 27.710.582 ações preferenciais de emissão da Marcopolo em valor equivalente a R$ 54,6 milhões. As preferências da companhia fecharam em alta de 1,02% no pregão de ontem, a R$ 1,97. Com a transação, os ex-donos da Neobus passam a deter 2,99% dos papéis PN N2 da Marcopolo.
A relação de substituição foi estabelecida com base em negociações independentes entre as administrações da Marcopolo e da L&M, com base em avaliações econômico-financeiras de ambas as companhias, não estando sujeitas a ajustes. Satisfeitas as condições previstas na carta de intenções, as partes pretendem celebrar documentos definitivos da operação até 31 de janeiro de 2016.
De acordo com o CEO da Marcopolo, Francisco Gomes Neto, as duas companhias continuarão a atuar de maneira independente no mercado nacional e internacional, em termos de produtos, rede de comercialização e serviços. "A gestão continuará separada, como já ocorre atualmente, e como acontece com a unidade de negócio Volare, que tem linha de produtos e rede própria de representantes e concessionárias não vinculada à Marcopolo Ônibus. Também teremos sinergias nas áreas administrativas, operacional e de suprimentos", explica.
Segundo Edson Tomiello, CEO da Neobus, a mudança permitirá à empresa seguir independente nos aspectos de rede, comercialização, distribuição e portfólio de produtos. "No futuro, também poderemos aproveitar recursos fabris e logísticos, entre outros benefícios. O grande objetivo é a expansão do mercado internacional, visando otimizar e conquistar novos mercados e solidificar a marca", enfatiza. O documento prevê que os atuais controladores da Neobus - Edson Tomiello e Adelir Boschetti - permanecerão na gestão das operações para preservar os fatores competitivos da marca.

Receita acumulada da companhia até setembro registra recuo de 21%

A Marcopolo segue a sua estratégia de procurar minimizar o impacto da significativa queda de demanda do mercado brasileiro com o estímulo às exportações e o aumento das atividades de suas unidades internacionais. A empresa alcançou receita líquida consolidada de R$ 1,952 bilhão nos primeiros nove meses de 2015 contra R$ 2,465 bilhões registrados no mesmo período do ano passado, com queda de 20,8%.
Na contramão da redução de demanda interna, as exportações e os negócios das unidades no exterior da Marcopolo cresceram 31,2% e reduziram a perda de 43,9% gerada no mercado brasileiro. O aumento das exportações no terceiro trimestre, sobretudo para atender a demanda de ônibus rodoviários, fez com que a Marcopolo deixasse de adotar, desde o início de outubro, a flexibilização de jornada em sua unidade fabril de Ana Rech, em Caxias do Sul. No entanto, a unidade Planalto, também em Caxias, segue com a programação de flexibilização de jornada.
Em unidades produzidas, o resultado obtido de janeiro a setembro deste ano pela companhia foi 32,6% inferior ao dos primeiros nove meses de 2014 (8.768 contra 13.017 unidades). No Brasil foram 6.962 unidades contra 11.344, no mesmo período, com queda de 38,6%. No exterior, houve aumento de 7,9% (1.806 contra 1.673).

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