POEMA
. Movido a paixão - Pequeno poema
Dentro dele nascem amizades, renascem amores, explodem paixões. Enquanto o tempo roda, a vida rola em sua plenitude sob o manto de aço de um ônibus. Para o jornal do leitor e para o olhar arrebatado do espectador. Um ônibus é caleidoscópio itinerante. Tem janelas para o cinza urbano, para verdes vales e para multicoloridos paraísos terrestres. Infindáveis praias, alamedas floridas e estradinhas escondidas. Pelas janelas de um ônibus, confirma-se: o planeta terra é azul. E verde... E vermelho...
Ônibus é “omnibus”, do latim, para todos. Todo mundo viaja num ônibus. Vai feto no ventre da mãe. E afeto no coração do pai. Vai gente emudecida. E gente que joga conversa fora. Vão ilustres passageiros e tipos faceiros, Forasteiros, sacoleiras, turistas e caixeiros. Vai estudante atarantado. Vai gente miúda. Gente astuta. E muitos, muitos mensageiros.
Ônibus veio de um sonho centenário e hoje vai pra todo lugar. Aqui perto, ali ou acolá. Não muito longe de sua casa, na rodoviária ou numa das esquinas do mundo você pode pegar um. Em flagrante.
Ônibus é comunicação. É meio e mensagem. Tem plaquinha informando ponto inicial e final. E saborosos anúncios de bombom e de biscoito água e sal.
Ônibus é passeio. Ônibus é viagem. Ônibus e vida vivida de passagem. E é templo sobre rodas, também.
A bordo reina liturgia ecumênica. Ateus e devotos de todas as crenças sentam-se lado a lado. Corpo a corpo. E, silenciosamente, rezam a oração da chegada.
Ônibus também é trabalho. Ônibus não folga sábado, domingo, feriado. Pára-e-anda. Pára-e-anda. Quando o sol ainda nem ligou o fulgor da manhã, ele continua esperto. Bancários, industriários, comerciários. Maquiadas costureiras, formosas camareiras, alvas enfermeiras. Heróis e heroínas que vão para o pão de cada dia e voltam com corpos cansados. Rostos molhados de suor. Fadiga esmaecendo o rímel e o batom.
Faces ansiosas expressando o desejo de chegar. Chegar para o beijo da volta. Para a ducha gelada, a loção perfumada e o doce de leite no lar, doce lar.
Amanhã tem mais. Pegue um ônibus. Suba, relaxe, salte e você chega lá. Ele é parte indissociável de seu destino.
“Pequeno poema retirado de um calendário da Mercedes-Benz do Brasil do ano de 1995.
Dentro dele nascem amizades, renascem amores, explodem paixões. Enquanto o tempo roda, a vida rola em sua plenitude sob o manto de aço de um ônibus. Para o jornal do leitor e para o olhar arrebatado do espectador. Um ônibus é caleidoscópio itinerante. Tem janelas para o cinza urbano, para verdes vales e para multicoloridos paraísos terrestres. Infindáveis praias, alamedas floridas e estradinhas escondidas. Pelas janelas de um ônibus, confirma-se: o planeta terra é azul. E verde... E vermelho...
Ônibus é “omnibus”, do latim, para todos. Todo mundo viaja num ônibus. Vai feto no ventre da mãe. E afeto no coração do pai. Vai gente emudecida. E gente que joga conversa fora. Vão ilustres passageiros e tipos faceiros, Forasteiros, sacoleiras, turistas e caixeiros. Vai estudante atarantado. Vai gente miúda. Gente astuta. E muitos, muitos mensageiros.
Ônibus veio de um sonho centenário e hoje vai pra todo lugar. Aqui perto, ali ou acolá. Não muito longe de sua casa, na rodoviária ou numa das esquinas do mundo você pode pegar um. Em flagrante.
Ônibus é comunicação. É meio e mensagem. Tem plaquinha informando ponto inicial e final. E saborosos anúncios de bombom e de biscoito água e sal.
Ônibus é passeio. Ônibus é viagem. Ônibus e vida vivida de passagem. E é templo sobre rodas, também.
A bordo reina liturgia ecumênica. Ateus e devotos de todas as crenças sentam-se lado a lado. Corpo a corpo. E, silenciosamente, rezam a oração da chegada.
Ônibus também é trabalho. Ônibus não folga sábado, domingo, feriado. Pára-e-anda. Pára-e-anda. Quando o sol ainda nem ligou o fulgor da manhã, ele continua esperto. Bancários, industriários, comerciários. Maquiadas costureiras, formosas camareiras, alvas enfermeiras. Heróis e heroínas que vão para o pão de cada dia e voltam com corpos cansados. Rostos molhados de suor. Fadiga esmaecendo o rímel e o batom.
Faces ansiosas expressando o desejo de chegar. Chegar para o beijo da volta. Para a ducha gelada, a loção perfumada e o doce de leite no lar, doce lar.
Amanhã tem mais. Pegue um ônibus. Suba, relaxe, salte e você chega lá. Ele é parte indissociável de seu destino.
“Pequeno poema retirado de um calendário da Mercedes-Benz do Brasil do ano de 1995.
https://www.google.com.br/search?q=thermas+place&rlz=1C1CHHZ_pt-brBR494BR494&espv=210&es_sm=93&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=qN7kUpvz
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